sexta-feira, 9 de março de 2012

iPad qual o elemento revolucionário?

iPad image
O elemento mais revolucionário do iPad não é o ecrã Retina, com uma resolução de 2048*1640, ou a ligação 4G. É algo que não consegue ver.

A bateria

A Apple colocou novos elementos espectaculares no seu iPad, mas são sedentos de energia. O ecrã Retina, o processador gráfico quad-core e o modem LTE consomem bastante energia, mas, ainda assim, a Apple conseguiu que a bateria durasse perto de 10 horas.

Como é que a Apple conseguiu fazer isto?

Enquanto a Apple usou, sem dúvida, tecnologia mais eficiente nesta versão do iPad - por exemplo, optimizando a arquitectura do processador de 40nm para 28nm, o que aumentou, significativamente, a poupança de energia - a alteração mais impressionante está na bateria em si.

Entre o lançamento do iPad2 no ano passado e o anúncio do novo iPad ontem , a Apple quase duplicou a capacidade da bateria, de uns 25Wh para uns impressionantes 42Wh. Medido em miliamperes, houve um boost na bateria de 6944 mAh para uns incríveis 11666 mAh.

Na verdade, a Apple não tinha outra opção se quisessem que o novo iPad fosse o dispositivo que é hoje. Mesmo com este aumento brutal da capacidade da bateria, o dispositivo apenas tem 10 horas de autonomia. Sem este aumento, a bateria do antigo iPad2 apenas duraria 6 horas. Torna-se claro que a Apple não queria perder horas de autonomia no seu iPad, e em vez de perder horas, quer introduzir novos dispositivos e manter as 10 horas de autonomia que caracterizam os seus dispositivos.

A forma mais evidente de aumentar a capacidade da bateria seria duplicar o tamanho da bateria, mas tendo em conta que o novo iPad é apenas um pouco mais grosso e pesado do que o seu antecessor, é altamente improvável que a bateria tenha o dobro do tamanho que a do iPad 2.

Existia ainda um problema ao adicionar uma bateria maior, e tem tudo a ver com a distribuição do peso. O peso do iPad está perfeitamente distribuido para tornar o tablet o mais confortável possível.

Uma bateria maior não só acrescentaria peso, mas também requeriria engenharia para não desiquilibrar o dispositivo. Mantendo as baterias o mais pequenas possíveis e no centro do dispositivo, a engenharia para o resto do dispositivo torna-se muito mais fácil.

Parece que a Apple conseguiu de algum modo aumentar significativamente a densidade de energina nas células Li-ion que utiliza. Numa indústria que parece estagnada há algum tempo, parece que o centro de desenvolvimento de baterias da Apple está a fazer um trabalho extraordinário. Não há dúvidas que vamos ver o fruto deste trabalho em outros produtos da Apple.

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